José Bores, María Ondo e Maria Valadar
Dos mais de 10 milhões de habitantes da República Portuguesa, cerca de 53% são mulheres. Só 8 em cada mil dão o passo de ser mãe, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística de Portugal (INE).Segundo as projeções da Comissão Europeia (CE), a população portuguesa envelhece e se reduz exponencialmente a contra-relógio. Portugal está entre os dez países com as mães de idade mais avançada, com uma média de 31,7 anos e 1,43 filhos, conforme dados da CE. Ainda que as estatísticas não sejam as piores, comparadas com as de outros países europeus, a Eurostat afirma que estes dados garantirão uma pirâmide etária instável para o país no próximo século. Tornar-se mãe começa a parecer algo tão surreal quanto o “sonho americano”.
Muitas mulheres enfrentam dificuldades no equilíbrio entre a vida profissional e familiar. “É muito difícil, isto é muito complicado, não é fácil. Temos que gerir horários e no meu caso, felizmente, tenho a ajuda dos meus pais, que me ajudam com os meus filhos, porque sou mãe sozinha e tenho dois filhos”, confessa a estudante Patrícia Fernandes. Maria José (nome
fictício), docente da Escola Superior de Educação e Comunicação da Universidade do Algarve, afirma: “há sempre um preço que pagamos e é o nosso tempo livre”. Para a docente, conciliar a maternidade e o trabalho “é muito complicado, implica muita disciplina e organização. E há sempre uma dose maior que fica sempre do lado da mulher, claramente”. Noutro momento da parentalidade, a docente Ivana Sousa afirma não ter assim tanta dificuldade em fazer este equilíbrio: “É fácil. Tenho filhos, já são adultos, tenho um neto, consigo gerir também a vida do neto para ajudar o filho, que é o pai. É uma questão do horário e da organização”.
Atualmente, muitas mulheres enfrentam discriminação devido à maternidade. “Estamos em pleno século XXI, mas essa discriminação continua a existir, sim, essa parte do ser mãe e do ter filhos continua a existir, porque pensam que os filhos são sempre a nossa maior desculpa”, refere Patrícia Fernandes. Maria José (nome fictício) diz sentir uma certa discriminação, mas subliminarmente: “ quando o meu local de trabalho exige-me de x horas de trabalho e não me permite ter depois tempo para estar com a minha família, é uma forma de eu estar a ser discriminada por ser mãe”.
Muitas mulheres enfrentam dificuldades no equilíbrio entre a vida profissional e familiar. “É muito difícil, isto é muito complicado, não é fácil. Temos que gerir horários e no meu caso, felizmente, tenho a ajuda dos meus pais, que me ajudam com os meus filhos, porque sou mãe sozinha e tenho dois filhos”, confessa a estudante Patrícia Fernandes. Maria José (nome
fictício), docente da Escola Superior de Educação e Comunicação da Universidade do Algarve, afirma: “há sempre um preço que pagamos e é o nosso tempo livre”. Para a docente, conciliar a maternidade e o trabalho “é muito complicado, implica muita disciplina e organização. E há sempre uma dose maior que fica sempre do lado da mulher, claramente”. Noutro momento da parentalidade, a docente Ivana Sousa afirma não ter assim tanta dificuldade em fazer este equilíbrio: “É fácil. Tenho filhos, já são adultos, tenho um neto, consigo gerir também a vida do neto para ajudar o filho, que é o pai. É uma questão do horário e da organização”.
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Conciliar trabalho e maternidade ainda é um desafio acrescidos para muitas mulheres portuguesas. Foto Pablo by Buffer |
Atualmente, muitas mulheres enfrentam discriminação devido à maternidade. “Estamos em pleno século XXI, mas essa discriminação continua a existir, sim, essa parte do ser mãe e do ter filhos continua a existir, porque pensam que os filhos são sempre a nossa maior desculpa”, refere Patrícia Fernandes. Maria José (nome fictício) diz sentir uma certa discriminação, mas subliminarmente: “ quando o meu local de trabalho exige-me de x horas de trabalho e não me permite ter depois tempo para estar com a minha família, é uma forma de eu estar a ser discriminada por ser mãe”.
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