Duarte Ximenes
José Milhazes apresentou, em Faro, o seu livro, “A mais breve história da Rússia – dos Eslavos a Putin”. Depois da sessão estivemos à conversa com o jornalista.
Já tem vários livros publicados sobre diferentes temáticas em relação à Rússia e URSS, o que quer que este livro transmita de diferente em relação aos outros?
[Quero que] transmita uma ideia global da história russa, a sua riqueza de forma a permitir que as pessoas percebam a história da Rússia como um todo. Só assim é possível compreender o que se passa neste momento.
Esperamos todos que a guerra termine o mais rápido possível, quando tal ocorrer teremos um livro novo de José Milhazes?
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José Milhazes apresentou o seu mais recente livro na loja dos CTT, no Largo do Carmo, em Faro. |
Não, neste momento eu não penso escrever nada sobre a guerra. Já falo sobre ela todos os dias.
Sabendo que toda a sua vida viveu como o tema “Rússia” presente, além dos muitos anos que viveu lá, e tendo em conta todos os livros sobre o assunto, existe algum outro tema sobre o qual gostasse de escrever um livro?
Não, acho que não conseguiria escrever nada que não estivesse ligado à Rússia, é uma espécie de maldição.
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Na sequência da apresentação do livro, o jornalista esteve à conversa com um dos colaboradores do Olhares Académicos. |
Porque diz isso?
Ah, sabe que há coisas que entram na nossa vida e nunca mais saem. A Rússia é uma delas.
O que lhe transmitem as pessoas nestas sessões de autógrafos ou quando o encontram na rua em relação à sua pessoa e ao seu trabalho? O que provoca nelas?
Olha, as pessoas querem saber, o que é uma coisa muito interessante. As pessoas, vendo a situação que está a acontecer, começam a compreender que a guerra está perto de nós, faz parte da nossa vida e querem saber porquê, e, por isso, vêm falar comigo. Eu tenho andado pelo país todo e a principal ideia e o principal objetivo das pessoas é saber e fazer perguntas. Claro que fazem perguntas que eu não posso responder, como «quando e como é que acaba a guerra?». Se eu fosse nossa senhora de Fátima dizia, como não sou…
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