Luana Piegas e Andreia Silvestre
Há meses que os professores estão em greve para conseguirem uma maior valorização por parte do governo. Ilda Silva tem 53 anos, é professora do primeiro ciclo no Algarve há 23 e dá-nos a conhecer o seu lado nesta luta.
Considera que a sua profissão é importante?
É a base de todas as profissões, logo é de extrema importância, porque as bases da leitura e da escrita adquirem-se no primeiro ciclo, logo ninguém consegue adquirir profissão nenhuma sem primeiro aprenderem a ler e a escrever connosco.
Acha que os professores recebem o reconhecimento devido pela sua profissão?
Cada vez menos, ou seja, não são reconhecidos, porque perdemos a autoridade. Os pais, desde que retiraram a autoridade aos professores, querem mandar na escola. Entram na escola, acham que mandam dentro da sala de aula, acham que mandam no professor, portanto cada vez menos o professor tem liberdade para agir e controlar ao ensinar os alunos.
Quais as principais dificuldades que enfrentou na sua jornada como professora?
Ter de fazer muitos quilómetros longe de casa e ter 23 anos de serviço e ainda não pertencer a um agrupamento, ainda ser quadro de zona.
Considera que existem falhas no sistema educacional?
Muitas. A não contagem do tempo de trabalho, as quotas, a avaliação por parte de pessoas externas à escola que vão lá [à sala de aula] por 90 minutos observar uma aula e dar uma avaliação a um professor quando não conhecem o seu trabalho, só o avaliando por aquela aula, entre outras mais.
Se sim, como acha que estas poderiam ser resolvidas?
Ouvindo os professores, o Governo frequentar as escolas e saber a realidade do que se passa dentro delas.
Sabe-se que, nos últimos tempos, os professores têm feito greve para exigir a recuperação do tempo de trabalho, o cumprimento do horário de trabalho, salários justos, entre outros. Acha que a greve é justificada?
É justificada por isso e por muitas outras coisas, não é só pelo tempo de serviço. É pelas injustiças que não se ultrapassam, por carreiras congeladas, por escalões que foram suprimidos, por nunca conseguirmos chegar ao topo da carreira, por quotas, entre outros assuntos.
É a base de todas as profissões, logo é de extrema importância, porque as bases da leitura e da escrita adquirem-se no primeiro ciclo, logo ninguém consegue adquirir profissão nenhuma sem primeiro aprenderem a ler e a escrever connosco.
Acha que os professores recebem o reconhecimento devido pela sua profissão?
Cada vez menos, ou seja, não são reconhecidos, porque perdemos a autoridade. Os pais, desde que retiraram a autoridade aos professores, querem mandar na escola. Entram na escola, acham que mandam dentro da sala de aula, acham que mandam no professor, portanto cada vez menos o professor tem liberdade para agir e controlar ao ensinar os alunos.
Quais as principais dificuldades que enfrentou na sua jornada como professora?
Ter de fazer muitos quilómetros longe de casa e ter 23 anos de serviço e ainda não pertencer a um agrupamento, ainda ser quadro de zona.
Considera que existem falhas no sistema educacional?
Muitas. A não contagem do tempo de trabalho, as quotas, a avaliação por parte de pessoas externas à escola que vão lá [à sala de aula] por 90 minutos observar uma aula e dar uma avaliação a um professor quando não conhecem o seu trabalho, só o avaliando por aquela aula, entre outras mais.
Se sim, como acha que estas poderiam ser resolvidas?
Ouvindo os professores, o Governo frequentar as escolas e saber a realidade do que se passa dentro delas.
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Ilda Silva é professora no Algarve há 23 anos. |
Sabe-se que, nos últimos tempos, os professores têm feito greve para exigir a recuperação do tempo de trabalho, o cumprimento do horário de trabalho, salários justos, entre outros. Acha que a greve é justificada?
É justificada por isso e por muitas outras coisas, não é só pelo tempo de serviço. É pelas injustiças que não se ultrapassam, por carreiras congeladas, por escalões que foram suprimidos, por nunca conseguirmos chegar ao topo da carreira, por quotas, entre outros assuntos.
Como acha que vai ser o futuro da sua profissão em Portugal?
Ai... No futuro da minha profissão em Portugal vai haver escassez de professores, porque ninguém quer ir para professor porque não a consideram uma profissão atraente. Isto porque o Governo não investe na educação, assim como não investe na saúde e noutros setores. E, com o tempo, qualquer pessoa que tenha um curso sem a parte pedagógica pode ir para a escola dar aulas.
Ai... No futuro da minha profissão em Portugal vai haver escassez de professores, porque ninguém quer ir para professor porque não a consideram uma profissão atraente. Isto porque o Governo não investe na educação, assim como não investe na saúde e noutros setores. E, com o tempo, qualquer pessoa que tenha um curso sem a parte pedagógica pode ir para a escola dar aulas.
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