A corrida aos folares de Olhão

O Folar de Olhão, típico da cidade que lhe dá o nome, é produzido desde há várias gerações. Consumido sobretudo na Páscoa, acaba por nos deixar com água na boca sempre que é lembrado. 

Beatriz Rosa e Margarida Guerreiro 

São várias as receitas e variações deste doce. Farinha, fermento, banha, margarina, laranja, água, açúcar amarelo e canela estão entre os ingredientes mágicos para criar a iguaria. A empresa familiar João Mendes & Rita é uma das que, no Algarve, se dedicam à produção e comercialização do tradicional Folar de Olhão, também conhecido por Folar de Folha.  

No fim de semana de Páscoa é comum as famílias se reunirem e são muitas aquelas que mantêm a tradição de fazer folares. 

A história desta empresa teve a sua origem há 40 anos. A receita foi desenvolvida pela avó do atual sócio João Mendes que, na altura da Páscoa, fazia os folares para vender a vizinhos e pequenas mercearias. Amassava-os à mão e deixava a massa a levedar de um dia para o outro. Depois, estendia a massa e levava a cozer em forno de lenha. Este processo manual, e muito trabalhoso, não permitia a sua produção de grandes quantidades. 

Após alguns anos, a produção passou a ser feita pela sua filha Maria Eugénia Rita, que adquiriu uma amassadeira e um forno a gás e contratou os primeiros colaboradores, passando a produzir uma maior quantidade de bolos. Vendem-no na sua própria fábrica ou enviam-no pelo correio. São vários os supermercados, mini-mercados e mercearias onde podemos encontrar este famoso doce de Olhão.

Apesar de inúmeras fábricas se dedicarem especialmente à produção do folar, são também muitas as famílias que aproveitam a época da Páscoa para se reunirem, fazendo os seus próprios folares. Cada uma com as suas tradições, que vão passando de geração em geração.


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