Regresso ao ensino presencial: as novas medidas de desconfinamento

O “plano de reabertura progressiva da sociedade portuguesa”, apresentado nesta quinta-feira, pressupõe um regresso às aulas “a conta-gotas”, começando pelos mais novos.

Diva Parreira e Laura Pimenta, Catarina Lopes e Filipe Silva, Mauro Coelho e Joyce Ferreira

O primeiro-ministro anunciou, esta quinta-feira, o plano de reabertura do país, a iniciar já na próxima semana. Na conferência de imprensa do Conselho de Ministros, conduzida a partir do Palácio da Ajuda, António Costa apresentou as linhas gerais do plano de desconfinamento.

Depois de quase dois meses de confinamento geral, e perante uma descida notável dos números da pandemia, o chefe do Governo considera que o país se encontra “claramente abaixo da linha de risco” e que estão reunidas as condições para começar a preparar o regresso à “normalidade”.

António Costa afirmou que o processo deve ser executado “com cautela”, uma vez que o país está ainda numa situação pior do que quando foi decretado o primeiro estado de contingência, a 11 de setembro de 2020, ou o primeiro desconfinamento, a 4 de maio de 2020. 


   O plano de desconfinamento foi apresentado ao país esta quinta-feira (Créditos imagem


15 de março e 5 e 19 de abril: as datas chave da educação


Na conferência de imprensa, Costa apresentou as datas em que os vários níveis de ensino irão retomar as atividades presenciais. O regresso ao ensino presencial acontece já na próxima segunda-feira, 15 de março, com a reabertura das creches, do pré-escolar e do primeiro ciclo. Seguem-se os alunos do 2.º e 3,º ciclos, que retomarão as atividades presenciais no dia 5 de abril. Quinze dias depois, a 19 de abril, será a vez dos alunos dos ensinos secundário e superior.

O primeiro-ministro considera fundamental que o processo de aprendizagem seja afetado o mínimo possível, sendo o regresso ao regime presencial feito de forma gradual. Costa referiu também o programa de testagem massiva a levar a cabo na população escolar, que visa detetar possíveis focos de infecção. 

À semelhança dos restantes setores, as datas previstas no que respeita à educação estão sujeitas a uma reavaliação quinzenal do risco, assente em dois critérios,  o número de casos por 100 mil habitantes a 14 dias e a taxa de transmissibilidade (Rt), de acordo com avaliação de um novo sistema de risco adotado.

Desconfinamento faseado, vacinação e apoios a setores económicos

Na sua comunicação ao país, e em resposta aos jornalistas, o primeiro-ministro acrescentou que a quantidade de pessoas atualmente vacinadas no país não influencia diretamente o plano de desconfinamento. Costa assegurou que o plano de vacinação está a ser cumprido e que se prevê que no final do verão 70% da população de Portugal esteja vacinada. A 12 de março serão apresentadas as medidas de apoio à cultura, desporto e demais setores económicos.

O primeiro-ministro dirigiu ainda algumas palavras de homenagem aos portugueses que estão de momento a sofrer devido à pandemia. António Costa apelou aos cuidados que os cidadãos deverão manter neste novo desconfinamento, nomeadamente ao uso da máscara e da higienização para assegurar a integridade do plano.


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