Tradições académicas canceladas devido ao novo coronavírus
Reportagem | Tatiana Felício
Reportagem | Tatiana Felício
O mês de maio é particularmente importante para todos os universitários. É o mês em que se realizam alguns dos momentos mais marcantes da vida académica, nomeadamente tradições como o traçar da capa e a bênção das pastas, e eventos como as semanas académicas. Este ano, poucos destes rituais se puderam cumprir devido à pandemia da Covid-19.
Rita Cardeira é outra aluna do 1.º ano impedida de cumprir a tradição devido à pandemia que nos atinge: “Desde o início do ano que sonho com o dia que vou vestir o traje e, de facto, esse dia chegou... mas o coronavírus não me deixou vesti-lo e cumprir a tradição junto dos meus padrinhos. Fiquei triste, admito". Para esta estudante, trata-se de "um momento que todos nós só vivemos uma vez na vida e que nos ficará na memória, que mostrará mais uma vez a união com os nossos padrinhos bem como com os nossos colegas e familiares, que estão lá a ver-nos passar mais uma etapa da nossa vida”. Rita confessa que o cancelamento da Semana Académica não a deixou muito insatisfeita e acredita que mais momentos de diversão como esse se vão proporcionar, ao longo dos anos do curso.
Beatriz Roldão, aluna do 1.º ano do curso de licenciatura em Ciências da Comunicação na Universidade do Algarve, conta como o aparecimento da pandemia alterou por completo as expectativas que tinha para o seu primeiro ano de universidade, da necessária adaptação às aulas à distância à impossibilidade de celebrar determinados momentos de convivialidade. “O que mais me atingiu foi, sem dúvida, o traçar a capa. Fui dignamente praxada e o próximo passo desta caminhada, que aguardava, foi suspenso, por tempo indeterminado", confessa. O traçar da capa corresponde ao momento em que os caloiros podem passar a envergar, orgulhosamente, o traje académico. Para a estudante, que está, por enquanto, impossibilitada de comprar traje académico, "este simbolismo do traçar a capa, visto na plateia, pode ser considerado uma infantilidade, porém, para quem o vivencia verdadeiramente, é um momento de união, de estabelecimento de ligações que poderão vir a ser longínquas e, sobretudo, é uma criação de momentos que, posteriormente, se transformarão em memórias felizes e irrepetíveis”.
Também o cancelamento da 35.ª Semana Académica do Algarve é visto por Beatriz com algum descontentamento. “É uma semana diferente de quaisquer outras que vivemos, enquanto alunos e indivíduos, na medida em que vemos e temos o nosso curso representado no evento. Penso que cada barraquinha exige uma enorme responsabilidade e sentido de organização, mas, simultaneamente, proporciona, a quem lá está e aos de fora, momentos de diversão e acaba por ser, de certa forma, uma maneira de se unirem, e tenho muita pena deste ano isso não ser possível”, refere a aluna.
Beatriz Roldão acredita que a Associação Académica se esforçará para que estes momentos aconteçam quando for seguro para todos: “Eu considero estes eventos imprescindíveis na vida académica, visto que o ensino superior nos proporciona experiências jamais vividas em anos anteriores e irrepetíveis no futuro. É ali e agora!". A jovem apoia as decisões tomadas pela direção da associação de estudantes: "Entendo perfeitamente e concordo com a sua decisão relativamente à suspensão destas atividades, porque primeiro salva-se a saúde e depois divertimo-nos". E reconhece: "Mesmo não se realizando na altura esperada, o importante, é que, mais cedo ou mais tarde, teremos a possibilidade de vivenciar e aproveitar ao máximo aquilo que nos foi prometido, contudo, é melhor fazê-lo em segurança”.
Rita Cardeira é outra aluna do 1.º ano impedida de cumprir a tradição devido à pandemia que nos atinge: “Desde o início do ano que sonho com o dia que vou vestir o traje e, de facto, esse dia chegou... mas o coronavírus não me deixou vesti-lo e cumprir a tradição junto dos meus padrinhos. Fiquei triste, admito". Para esta estudante, trata-se de "um momento que todos nós só vivemos uma vez na vida e que nos ficará na memória, que mostrará mais uma vez a união com os nossos padrinhos bem como com os nossos colegas e familiares, que estão lá a ver-nos passar mais uma etapa da nossa vida”. Rita confessa que o cancelamento da Semana Académica não a deixou muito insatisfeita e acredita que mais momentos de diversão como esse se vão proporcionar, ao longo dos anos do curso.
A finalista Victoria Sajin mostra-se solidária com todos aqueles "que têm vindo a realizar diversas iniciativas como festas, vendas de bolos e outras atividades, de modo a juntar o dinheiro necessário para poderem ter a sua barraquinha naquele espaço tão característico do País das Maravilhas", relembrando a sua própria experiência. "Criei amizades com pessoas que nunca pensei que pudesse criar e é isso que fica da Semana Académica: a diversão, as amizades e as boas memórias”.
No que toca aos alunos finalistas, a bênção das pastas assinala o fim do percurso académico e o início
da vida profissional. Victoria também viu o seu percurso académico alterado devido à Covid-19. Para a estudante, "os últimos dias têm sido de muita nostalgia e de muita tristeza, pelos momentos vividos neste percurso e pelo facto de o nosso dia não ter acontecido quando deveria".
À semelhança de tantos outros estudantes universitários, também a finalista de Ciências da Comunicação tinha na data de 2 de maio uma meta especial: "E era exatamente o que eu sonhava, chegar a esse dia e sentir a tristeza por ser o final de um capítulo, mas também a felicidade por ter conseguido chegar até ao fim e por ter feito tão boas amizades e memórias que vou guardar para sempre". Naquela que seria a última cerimónia enquanto aluna de licenciatura,Victoria Sajin revela que estava "Estava desejosa de poder desfilar orgulhosamente a minha pasta cheia de fitas e memórias e o meu traje. De abanar a pasta e mostrar o quão orgulhosa me sinto. É e será um dia importante para nós, para podermos dizer ‘missão cumprida!’ e ver o orgulho dos nossos amigos, dos nossos padrinhos e madrinhas e da nossa família”.
No que toca aos alunos finalistas, a bênção das pastas assinala o fim do percurso académico e o início
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Victoria Sajin não viu a sua pasta benzida na tradicional cerimónia para os finalistas. |
À semelhança de tantos outros estudantes universitários, também a finalista de Ciências da Comunicação tinha na data de 2 de maio uma meta especial: "E era exatamente o que eu sonhava, chegar a esse dia e sentir a tristeza por ser o final de um capítulo, mas também a felicidade por ter conseguido chegar até ao fim e por ter feito tão boas amizades e memórias que vou guardar para sempre". Naquela que seria a última cerimónia enquanto aluna de licenciatura,Victoria Sajin revela que estava "Estava desejosa de poder desfilar orgulhosamente a minha pasta cheia de fitas e memórias e o meu traje. De abanar a pasta e mostrar o quão orgulhosa me sinto. É e será um dia importante para nós, para podermos dizer ‘missão cumprida!’ e ver o orgulho dos nossos amigos, dos nossos padrinhos e madrinhas e da nossa família”.
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