Fundada em 1986, a Fundação de Computação Cientifica Nacional (FCCN) celebrou na Universidade do Algarve, na semana passada, os seus trinta anos, com um conjunto de conferências que tiveram como principal intuito o incentivo à colaboração entre as várias instituições presentes, das mais diversas áreas. A fundação, que tem a seu cargo a gestão e operação da rede de ciência e tecnologia em Portugal, funciona como uma plataforma que experimenta e cria novas aplicações ligadas a serviços comunicativos. Com cerca de dezassete patrocinadores, esta marca tem conquistado a atenção nacional e internacional com os seus projectos vanguardistas. Nelson Dias, licenciado em Ciências da Comunicação e assistente de audiovisuais da FCCN, proporcionou-nos uma perspetiva única dos bastidores das Jornadas da FCCN, um evento que atrai docentes, investigadores e técnicos de vários pontos do país.
Em que consiste a FCCN e qual o seu principal objetivo?
A FCCN é a Fundação para a Computação Cientifica Nacional, dá suporte a toda a rede RCTS e, basicamente, concede apoio a toda a rede que conecta as instituições de ensino superior a nível nacional. Sobre essa rede, depois a FCCN providencia uma série de serviços de segurança, de colaboração, como por exemplo: a b-on [Biblioteca do Conhecimento Online], repositórios científicos como o RCAAP [Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal], a Educast, ou até mesmo o Colibri. Ao nível de segurança, a FCCN partilha responsabilidades no que toca à linha alerta, que tratam principalmente de questões de ciber-segurança, de pedofilia e que trabalham diretamente com a Polícia Judiciária.
Então pode-se dizer que a FCCN tem um papel importante não só ao nível da educação mas também ao nível da segurança pública?
Sim, nesse caso sim. Em casos de privacidade de informação sim. Para além disso, a FCCN presta todos os serviços de conectividade, como por exemplo o VoIP [Voice Over IP], que se trata de um tipo de serviço de telefonia por Internet, que permite reduzir os custos das chamadas telefónicas. No entanto, posso ainda dizer que, como trabalho mais na área dos audiovisuais, no serviço técnico de vídeo, estamos mais concentrados nos serviços de colaboração e aí temos, também, um estúdio de produção de vídeo onde geramos vários conteúdos de audiovisuais.
As jornadas da FCCN são direcionadas a que públicos?
A nível de alunos não temos muitos, sendo que estas conferências dirigem-se essencialmente a técnicos de informática, bibliotecários, corpos técnicos ativistas, corpos técnicos ligados à informática, multimédia e audiovisuais. No entanto, estas jornadas dirigem-se a técnicos, mas não só. Temos muitas sessões viradas para técnicos, no entanto temos também sessões dirigidas para reitores, pessoas que decidem qual a missão das universidades, qual o melhor caminho que uma instituição de ensino superior deve seguir e estes dirigentes vêm, essencialmente, assistir a todas estas sessões para perceberem de que forma os nossos serviços facilitam todas as áreas que um instituto deve possuir.
Quais as principais mudanças que se podem verificar ao longo dos 30 anos de existência da FCCN?
Pessoalmente, estou há cerca de 7 anos na FCCN, portanto do que eu tenho visto das jornadas é que de ano para ano vamos melhorando cada vez mais, mas o principal objetivo mantém-se. O intuito de juntar todas as instituições de ensino superior, conseguir partilhar o que estamos a fazer de novo e receber algum feedback, para podermos melhorar os nossos serviços e ver até que ponto podemos chegar mais perto das instituições e como ajudá-los, da melhor forma possível. Essencialmente, são esses os nossos principais objetivos.
Ao longo destes 7 anos, tem verificado uma maior adesão às jornadas, de ano para ano?
Sim, o público mantêm-se mais ou menos o mesmo, no entanto, na minha área há cada vez mais gente, nos serviços de colaboração, áudio e vídeo. Esse departamento surgiu essencialmente quando eu e mais uns colegas nos juntamos à fundação, portanto há cerca de 7 anos, e assim nota-se que, embora no início fosse tudo muito mais focado para técnicos, departamentos de informática e estruturas, nos dias de hoje as jornadas estão muito mais abertas para departamentos de audiovisuais, e-learning, multimédia, entre outros, e vê-se uma dinâmica muito maior nestas áreas.
Qual a sua tarefa principal, como membro da FCCN, nestas jornadas?
Este ano tive dois papéis diferentes, um como orador, em que vim apresentar um dos nossos serviços, o Educast, que se trata de uma plataforma de gravação de aulas, que permite gravar vídeos, slides e áudio ao mesmo tempo. Basicamente, este serviço tem um recorder que permite registar e submeter todos os conteúdos para a web e editá-los diretamente na Internet. Este processo passa por selecionar a parte do vídeo que queremos disponibilizar aos alunos, exportar, publicar e depois partilhar esses conteúdos com todos eles e trata-se, essencialmente, de uma plataforma de ensino à distância. Esta plataforma chegou à escala nacional, sendo que temos mais de 13 mil vídeos produzidos, cerca de 1 milhão e 350 mil visualizações e superámos, também, este ano, as 5 mil horas de vídeo produzidas. No entanto, o meu outro papel foi essencialmente na parte audiovisual da organização das jornadas da FCCN.
Para quem não conhece a FCCN, que palavras de incentivo teria, para que no próximo ano se inscrevessem nestas jornadas?
Venham conhecer os nossos serviços! Proporcionamos uma série de serviços gratuitos, para quem pertence à nossa rede. E temos uma equipa versátil, que presta serviços nas áreas que já referi. Todos os que não conhecem os nossos serviços estão a prejudicar o seu próprio desenvolvimento em todas estas áreas e assim não podem utilizar coisas que no dia-a-dia, de qualquer professor ou técnico, são essenciais.
Por fim, defina a FCCN numa palavra.
Numa palavra é difícil. Eu até poderia descrever esta fundação com palavras como colaboração ou até mesmo rede, mas não me parecem as melhores. Conectividade é mesmo a palavra essencial, porque através da rede podemos conectar todas as instituições de ensino superior e depois providenciar-lhes uma série de serviços, portanto, sim, conectividade é a melhor palavra para descrever a FCCN.
Em que consiste a FCCN e qual o seu principal objetivo?
A FCCN é a Fundação para a Computação Cientifica Nacional, dá suporte a toda a rede RCTS e, basicamente, concede apoio a toda a rede que conecta as instituições de ensino superior a nível nacional. Sobre essa rede, depois a FCCN providencia uma série de serviços de segurança, de colaboração, como por exemplo: a b-on [Biblioteca do Conhecimento Online], repositórios científicos como o RCAAP [Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal], a Educast, ou até mesmo o Colibri. Ao nível de segurança, a FCCN partilha responsabilidades no que toca à linha alerta, que tratam principalmente de questões de ciber-segurança, de pedofilia e que trabalham diretamente com a Polícia Judiciária.
Então pode-se dizer que a FCCN tem um papel importante não só ao nível da educação mas também ao nível da segurança pública?
Sim, nesse caso sim. Em casos de privacidade de informação sim. Para além disso, a FCCN presta todos os serviços de conectividade, como por exemplo o VoIP [Voice Over IP], que se trata de um tipo de serviço de telefonia por Internet, que permite reduzir os custos das chamadas telefónicas. No entanto, posso ainda dizer que, como trabalho mais na área dos audiovisuais, no serviço técnico de vídeo, estamos mais concentrados nos serviços de colaboração e aí temos, também, um estúdio de produção de vídeo onde geramos vários conteúdos de audiovisuais.
As jornadas da FCCN são direcionadas a que públicos?
A nível de alunos não temos muitos, sendo que estas conferências dirigem-se essencialmente a técnicos de informática, bibliotecários, corpos técnicos ativistas, corpos técnicos ligados à informática, multimédia e audiovisuais. No entanto, estas jornadas dirigem-se a técnicos, mas não só. Temos muitas sessões viradas para técnicos, no entanto temos também sessões dirigidas para reitores, pessoas que decidem qual a missão das universidades, qual o melhor caminho que uma instituição de ensino superior deve seguir e estes dirigentes vêm, essencialmente, assistir a todas estas sessões para perceberem de que forma os nossos serviços facilitam todas as áreas que um instituto deve possuir.
Quais as principais mudanças que se podem verificar ao longo dos 30 anos de existência da FCCN?
Pessoalmente, estou há cerca de 7 anos na FCCN, portanto do que eu tenho visto das jornadas é que de ano para ano vamos melhorando cada vez mais, mas o principal objetivo mantém-se. O intuito de juntar todas as instituições de ensino superior, conseguir partilhar o que estamos a fazer de novo e receber algum feedback, para podermos melhorar os nossos serviços e ver até que ponto podemos chegar mais perto das instituições e como ajudá-los, da melhor forma possível. Essencialmente, são esses os nossos principais objetivos.
Ao longo destes 7 anos, tem verificado uma maior adesão às jornadas, de ano para ano?
Sim, o público mantêm-se mais ou menos o mesmo, no entanto, na minha área há cada vez mais gente, nos serviços de colaboração, áudio e vídeo. Esse departamento surgiu essencialmente quando eu e mais uns colegas nos juntamos à fundação, portanto há cerca de 7 anos, e assim nota-se que, embora no início fosse tudo muito mais focado para técnicos, departamentos de informática e estruturas, nos dias de hoje as jornadas estão muito mais abertas para departamentos de audiovisuais, e-learning, multimédia, entre outros, e vê-se uma dinâmica muito maior nestas áreas.
Qual a sua tarefa principal, como membro da FCCN, nestas jornadas?
Este ano tive dois papéis diferentes, um como orador, em que vim apresentar um dos nossos serviços, o Educast, que se trata de uma plataforma de gravação de aulas, que permite gravar vídeos, slides e áudio ao mesmo tempo. Basicamente, este serviço tem um recorder que permite registar e submeter todos os conteúdos para a web e editá-los diretamente na Internet. Este processo passa por selecionar a parte do vídeo que queremos disponibilizar aos alunos, exportar, publicar e depois partilhar esses conteúdos com todos eles e trata-se, essencialmente, de uma plataforma de ensino à distância. Esta plataforma chegou à escala nacional, sendo que temos mais de 13 mil vídeos produzidos, cerca de 1 milhão e 350 mil visualizações e superámos, também, este ano, as 5 mil horas de vídeo produzidas. No entanto, o meu outro papel foi essencialmente na parte audiovisual da organização das jornadas da FCCN.
Para quem não conhece a FCCN, que palavras de incentivo teria, para que no próximo ano se inscrevessem nestas jornadas?
Venham conhecer os nossos serviços! Proporcionamos uma série de serviços gratuitos, para quem pertence à nossa rede. E temos uma equipa versátil, que presta serviços nas áreas que já referi. Todos os que não conhecem os nossos serviços estão a prejudicar o seu próprio desenvolvimento em todas estas áreas e assim não podem utilizar coisas que no dia-a-dia, de qualquer professor ou técnico, são essenciais.
Por fim, defina a FCCN numa palavra.
Numa palavra é difícil. Eu até poderia descrever esta fundação com palavras como colaboração ou até mesmo rede, mas não me parecem as melhores. Conectividade é mesmo a palavra essencial, porque através da rede podemos conectar todas as instituições de ensino superior e depois providenciar-lhes uma série de serviços, portanto, sim, conectividade é a melhor palavra para descrever a FCCN.
A edição de 2016 das Jornadas da FCCN realizou-se na UAlg
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