Junto ao Estádio de S. Luís, no coração da cidade de Faro, o quiosque do Sr. Rui Lobo vai vendendo cada vez menos jornais. Vale-lhe a aposta, essa, sim, crescente, nos jogos da sorte
Bárbara Cadete e Sara Viegas
São incontáveis os carros que passam pelo quiosque junto ao estádio do Farense, situado num dos cruzamentos mais movimentados da cidade. Muitos dos que ali passam não resistem a parar. “A maioria vem para sustentar o vício, para comprar tabaco. Outros vêm para comprar raspadinhas e só uma minoria compra jornais”, conta Rui Lobo, proprietário do quiosque há sete anos.
Bárbara Cadete e Sara Viegas
São incontáveis os carros que passam pelo quiosque junto ao estádio do Farense, situado num dos cruzamentos mais movimentados da cidade. Muitos dos que ali passam não resistem a parar. “A maioria vem para sustentar o vício, para comprar tabaco. Outros vêm para comprar raspadinhas e só uma minoria compra jornais”, conta Rui Lobo, proprietário do quiosque há sete anos.
Diariamente, Rui Lobo recebe centenas de clientes naquela que é a sua segunda casa. Modesto, exíguo e acessível, o quiosque está aberto todos os dias, inclusive aos fins-de-semana. “A primeira coisa que faço quando chego, é colocar os jornais e revistas diárias na parte mais visível do quiosque para ver se saem mais rapidamente”, refere Rui Lobo. Para o vendedor, a compra diária de jornais tem sofrido uma evidente redução por parte dos farenses: “hoje em dia são poucos os que compram jornais, vendiam-se mais há sete anos atrás”.
No quiosque de Rui Lobo a venda de jornais tem vindo a decrescer
Num entra e sai de clientes, a compra de raspadinhas é a maior causa da agitação que ali se verifica. Premiada com 20€ numa raspadinha, Maria Jesus, cliente habitual do quiosque, confessa que não costuma comprar jornais mas que lê regularmente o Correio da Manhã porque “é o jornal que está sempre disponível nos cafés, e de manhã quando vou tomar o pequeno-almoço gosto de ler um bocadinho do jornal, mas é raro comprar”.
Durante breves momentos de desabafo, Rui Lobo confessa o seu desagrado decorrente dos maus hábitos de leitura dos farenses: “o jornal mais vendido é o Correio da Manhã e aquilo é um exemplo de mau jornalismo. O i é o jornal menos vendido e não é o pior”, conclui com um suspiro.
Nuno Miguel, residente em Faro há mais de 40 anos, é outra das pessoas que se cruzam, ao longo do dia, no quiosque. Apressado, mas amável, afirma que não costuma comprar jornais “porque a Internet oferece todo o tipo de informação de que nós necessitamos”. Rui Lobo concorda que “a Internet e os jornais online fazem com as pessoas realmente comprem menos jornais, hoje em dia está lá tudo”. Contra a falta de adesão por parte dos leitores, Nuno Miguel confessa que “cabe aos jornalistas reinventarem novamente a profissão”.
Ainda assim, nem todos dispensam o prazer de folhear as páginas de informação sobre a atualidade. “Normalmente leio o Expresso, o Diário de Notícias ou o Público porque são os jornais que me parecem mais credíveis e que têm assuntos muito mais interessantes”, revela Ana Cristina. Para esta leitora assídua, é precisamente nas publicações online que se pode encontrar o futuro dos jornalistas, uma vez que as pessoas em tempo de crise “recorrem provavelmente às notícias na Internet em vez de gastarem dinheiro em jornais”, onde, apesar de tudo, “há menos notícias e muito mais ruído". Entretanto, ao cair o cair da tarde, muitos são os jornais que ainda estão por vender no quiosque farense.
Num entra e sai de clientes, a compra de raspadinhas é a maior causa da agitação que ali se verifica. Premiada com 20€ numa raspadinha, Maria Jesus, cliente habitual do quiosque, confessa que não costuma comprar jornais mas que lê regularmente o Correio da Manhã porque “é o jornal que está sempre disponível nos cafés, e de manhã quando vou tomar o pequeno-almoço gosto de ler um bocadinho do jornal, mas é raro comprar”.
Durante breves momentos de desabafo, Rui Lobo confessa o seu desagrado decorrente dos maus hábitos de leitura dos farenses: “o jornal mais vendido é o Correio da Manhã e aquilo é um exemplo de mau jornalismo. O i é o jornal menos vendido e não é o pior”, conclui com um suspiro.
Nuno Miguel, residente em Faro há mais de 40 anos, é outra das pessoas que se cruzam, ao longo do dia, no quiosque. Apressado, mas amável, afirma que não costuma comprar jornais “porque a Internet oferece todo o tipo de informação de que nós necessitamos”. Rui Lobo concorda que “a Internet e os jornais online fazem com as pessoas realmente comprem menos jornais, hoje em dia está lá tudo”. Contra a falta de adesão por parte dos leitores, Nuno Miguel confessa que “cabe aos jornalistas reinventarem novamente a profissão”.
Ainda assim, nem todos dispensam o prazer de folhear as páginas de informação sobre a atualidade. “Normalmente leio o Expresso, o Diário de Notícias ou o Público porque são os jornais que me parecem mais credíveis e que têm assuntos muito mais interessantes”, revela Ana Cristina. Para esta leitora assídua, é precisamente nas publicações online que se pode encontrar o futuro dos jornalistas, uma vez que as pessoas em tempo de crise “recorrem provavelmente às notícias na Internet em vez de gastarem dinheiro em jornais”, onde, apesar de tudo, “há menos notícias e muito mais ruído". Entretanto, ao cair o cair da tarde, muitos são os jornais que ainda estão por vender no quiosque farense.
O Correio da Manhã é o jornal mais vendido e o i o menos comprado pelos leitores do quisoque farense
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