Reportagem | Robério Soares
Marcos chegou a Portugal no mês de Janeiro com alegria no coração e samba no pé. Brasileiro de Campinas, São Paulo, queria fazer do Carnaval em Portugal o mesmo que fazia no Brasil: «no primeiro ano entrei pelas ruas de São Brás com o meu suingue brasileiro, achei estranho o jeito do povo de festejar, de se expressar, de fazer Carnaval!», conta o paulistano, que desde logo notou as diferenças culturais: «as mulheres pouco falavam comigo, samba que era bom nada!». O desânimo acabou por vencer: «fiquei deprimido e acabei por vir mais cedo p'ra casa, triste claro!»
Marcos chegou a Portugal no mês de Janeiro com alegria no coração e samba no pé. Brasileiro de Campinas, São Paulo, queria fazer do Carnaval em Portugal o mesmo que fazia no Brasil: «no primeiro ano entrei pelas ruas de São Brás com o meu suingue brasileiro, achei estranho o jeito do povo de festejar, de se expressar, de fazer Carnaval!», conta o paulistano, que desde logo notou as diferenças culturais: «as mulheres pouco falavam comigo, samba que era bom nada!». O desânimo acabou por vencer: «fiquei deprimido e acabei por vir mais cedo p'ra casa, triste claro!»
Adriano vive em Portugal há três
anos e já se habituou ao Carnaval português. Ficou um pouco mais, até perto das
duas da manhã. No fim da festa, inebriado e acompanhado pela namorada portuguesa, acha que o Carnaval
estava «muito fixe!». «Fixe» é uma das palavras que podem soar estranho para um
brasileiro que vive em Portugal, assim como «casa de banho», «frigorífico» e «bicha».
«Bicha, Adriano?», pergunta Marcos. «Sim, peguei um bicha p'ra comprar
uma bebida». O sentido da palavra é diferente e o Carnaval também o é, sem
dúvida. Mesmo já com muitos brasileiros a participar, é impossível comparar uma
cultura carnavalesca com a outra. Ainda assim, Marcos garante: «Hoje tem dez
anos que aqui estou! E não teve um só Carnaval em que faltei, pois todos
estavam maravilhosos. Fiz muitos amigos, não só de Portugal, mas de muitos países
europeus. Tudo isso graças ao Carnaval português com um toque brasileiro. Mas sambista, que é bom, nada...».
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