Reportagem | Laura Caroço com Madalena Inverno e Adriano Bom
Pena terão aqueles que, por estarem a estudar ou a trabalhar fora, não podem viver os dias de animação na sua terra natal. É o caso de Ricardo, um estudante de Engenharia Biológica de Loulé que se encontra de momento na Holanda: «é, de facto, triste não poder presenciar mais um ano de Carnaval por estar a trabalhar, é algo que eu não gosto de perder por nada».
Está tudo a postos para mais um ano. O Carnaval louletano está de volta e em força. A Avenida José da Costa Mealha está decorada com os habituais enfeites, a música foi testada logo pela manhã, o famoso corso está organizado e pronto para desfilar, as bilheteiras estão a faturar e as portas, finalmente, são abertas ao público. Este ano o tema principal do Carnaval é «Loulé, Cidade Europeia do Desporto e Capital da Tradição Carnavalesca», sem deixar de incluir a habitual sátira social e política. As crianças mascaradas correm em busca de um bom lugar para avistar o desfile, os adolescentes, mais escondidos, preparam as mochilas com ovos, espumas e tintas para mais um dia de brincadeira com os amigos, os adultos estranham como ainda não choveu. E, finalmente, os carros alegóricos começam a desfilar.
Muitas princesas e super heróis em miniatura cantarolam as famosas músicas carnavalescas que marcam o Carnaval desde sempre. «Mamã eu quero mamã», gritam as senhoras que já acompanham este Carnaval há anos e sabem a música de trás para a frente. É habitual para a cidade de Loulé receber milhares de visitantes, portugueses e estrangeiros, nesta altura. Os turistas riem das palhaçadas alheias e tiram fotos descontroladamente, provavelmente contagiados pela alegria e boa disposição vindas do corso. Um casal holandês que visita o Carnaval louletano pela primeira confessa que esta festa algarvia superou todas as expectativas e observa que «os carros estão muito bem decorados». Há até quem, vindo de Inglaterra, participe pelo terceiro ano consecutivo. «O Carnaval tem vindo a adquirir um carácter político ao longo dos anos e eu gosto imenso disso, porque é uma forma de o povo expressar o que sente em relação à situação política atual», considera Joseph.
Como não podia deixar de ser, os louletanos não perdem este acontecimento por nada, eles descem à rua e apreciam o que tem de bom a sua cidade. Mário, com os seus 79 anos, visita assiduamente todos os anos este Carnaval: «lembro-me de vir ver o corso de Carnaval desde os meus 6 anos. Desde pequeno, sempre participei ativamente nesta tradição. Lembro-me de vir cá pela primeira vez com o meu tio. Na altura, era muito diferente». Os tempos mudam, as perspetivas de quem realiza este Carnaval também e, como já dizia o ditado, não se pode agradar a gregos e a troianos. «O Carnaval tem perdido o seu carácter regional. Antigamente, as pessoas das terras juntavam-se e era muito mais engraçado», observa Mário. «Faziam os seus carros, nada comparados a estes que estão cada vez mais aperfeiçoados. Agora, é diferente. As associações dedicam-se mais à decoração, mas menos à sua essência. Tem tudo a ver com política, agora. Eu sou contra ao tema da política no Carnaval. Tem-se afastado muito da sua ideia original.»
Mónica, louletana de 47 anos, vem a este Carnaval desde os seus 7 e, para fazer seguir as pisadas da mãe, traz a sua filha de 7 anos para mais um dia de diversão. As suas primeiras impressões são positivas: «há muito tempo que não tinha a oportunidade de sentir o Carnaval e este ano estou a gostar imenso, estou a aproveitar para rir, brincar. Estou a entrar muito no espírito carnavalesco e acho que está a ser muito bom». Joana, a filha, diz que não podia estar mais feliz e que o Carnaval louletano é diferente dos outros porque «tem carros mais engraçados«. Embora ainda muito pequena, reconhece alguns dos famosos retratados nos bonecos dos carros alegóricos, mas somente «os jogadores de futebol». Para cumprir a tradição, no Carnaval de Loulé não faltaram música, diversão e muita animação. E para aqueles que ficaram desanimados porque não tiveram o prazer de estarem presentes, fica a promessa de que para o ano há mais.
Pena terão aqueles que, por estarem a estudar ou a trabalhar fora, não podem viver os dias de animação na sua terra natal. É o caso de Ricardo, um estudante de Engenharia Biológica de Loulé que se encontra de momento na Holanda: «é, de facto, triste não poder presenciar mais um ano de Carnaval por estar a trabalhar, é algo que eu não gosto de perder por nada».
Está tudo a postos para mais um ano. O Carnaval louletano está de volta e em força. A Avenida José da Costa Mealha está decorada com os habituais enfeites, a música foi testada logo pela manhã, o famoso corso está organizado e pronto para desfilar, as bilheteiras estão a faturar e as portas, finalmente, são abertas ao público. Este ano o tema principal do Carnaval é «Loulé, Cidade Europeia do Desporto e Capital da Tradição Carnavalesca», sem deixar de incluir a habitual sátira social e política. As crianças mascaradas correm em busca de um bom lugar para avistar o desfile, os adolescentes, mais escondidos, preparam as mochilas com ovos, espumas e tintas para mais um dia de brincadeira com os amigos, os adultos estranham como ainda não choveu. E, finalmente, os carros alegóricos começam a desfilar.
Muitas princesas e super heróis em miniatura cantarolam as famosas músicas carnavalescas que marcam o Carnaval desde sempre. «Mamã eu quero mamã», gritam as senhoras que já acompanham este Carnaval há anos e sabem a música de trás para a frente. É habitual para a cidade de Loulé receber milhares de visitantes, portugueses e estrangeiros, nesta altura. Os turistas riem das palhaçadas alheias e tiram fotos descontroladamente, provavelmente contagiados pela alegria e boa disposição vindas do corso. Um casal holandês que visita o Carnaval louletano pela primeira confessa que esta festa algarvia superou todas as expectativas e observa que «os carros estão muito bem decorados». Há até quem, vindo de Inglaterra, participe pelo terceiro ano consecutivo. «O Carnaval tem vindo a adquirir um carácter político ao longo dos anos e eu gosto imenso disso, porque é uma forma de o povo expressar o que sente em relação à situação política atual», considera Joseph.
Como não podia deixar de ser, os louletanos não perdem este acontecimento por nada, eles descem à rua e apreciam o que tem de bom a sua cidade. Mário, com os seus 79 anos, visita assiduamente todos os anos este Carnaval: «lembro-me de vir ver o corso de Carnaval desde os meus 6 anos. Desde pequeno, sempre participei ativamente nesta tradição. Lembro-me de vir cá pela primeira vez com o meu tio. Na altura, era muito diferente». Os tempos mudam, as perspetivas de quem realiza este Carnaval também e, como já dizia o ditado, não se pode agradar a gregos e a troianos. «O Carnaval tem perdido o seu carácter regional. Antigamente, as pessoas das terras juntavam-se e era muito mais engraçado», observa Mário. «Faziam os seus carros, nada comparados a estes que estão cada vez mais aperfeiçoados. Agora, é diferente. As associações dedicam-se mais à decoração, mas menos à sua essência. Tem tudo a ver com política, agora. Eu sou contra ao tema da política no Carnaval. Tem-se afastado muito da sua ideia original.»
Mónica, louletana de 47 anos, vem a este Carnaval desde os seus 7 e, para fazer seguir as pisadas da mãe, traz a sua filha de 7 anos para mais um dia de diversão. As suas primeiras impressões são positivas: «há muito tempo que não tinha a oportunidade de sentir o Carnaval e este ano estou a gostar imenso, estou a aproveitar para rir, brincar. Estou a entrar muito no espírito carnavalesco e acho que está a ser muito bom». Joana, a filha, diz que não podia estar mais feliz e que o Carnaval louletano é diferente dos outros porque «tem carros mais engraçados«. Embora ainda muito pequena, reconhece alguns dos famosos retratados nos bonecos dos carros alegóricos, mas somente «os jogadores de futebol». Para cumprir a tradição, no Carnaval de Loulé não faltaram música, diversão e muita animação. E para aqueles que ficaram desanimados porque não tiveram o prazer de estarem presentes, fica a promessa de que para o ano há mais.
Gostei imenso de ler a vossa reportagem.
ResponderEliminarEm relação ao Carnaval de Loulé, pareceu que não estávamos em crise. Foi muita a sátira presente, assim como a cor e animação. É impossível sairmos indiferentes deste Carnaval.