Como Bruno de Carvalho deu cor ao futebol de milhões de sportinguistas
Diogo Oliveira| Opinião
Em março de 2013, Bruno de Carvalho chegou ao poder em Alvalade e transformou a instituição em algo saudável novamente. Ganhou as eleições para a presidência do Sporting e mudou radicalmente a pocilga que herdou de Godinho Lopes. O trabalho deste no Sporting só foi apreciado por benfiquistas e portistas, o engenheiro quase arruinou de vez os leões.
Centrando-me no futebol, a parte mais visível do trabalho de Bruno de Carvalho, houve uma mudança "brutal", como refere o novo cântico mais conhecido das claques de Alvalade. No plantel, os guarda-redes são os mesmos. Marcelo Boeck e Rui Patrício, dois dos melhores guardiões do campeonato, principalmente o português, titularíssimo da equipa nacional comandada por Paulo Bento.
Na defesa, registo para uma assombrosa subida de forma de Marcos Rojo, a contratação de Maurício, um central vindo da segunda divisão brasileira mas que deu sempre boa conta do recado, assumindo mesmo o papel de patrão da defensiva da equipa treinada por Jardim. Para a esquerda veio Jefferson, lateral esquerdo que se tinha destacado no Estoril e que foi uma lufada de ar fresco, fazendo esquecer Joãozinho, o que também não era tarefa difícil. Na direita manteve-se Cédric Soares, lateral com um enorme potencial e que esteve emprestado há dois anos à Académica. Como melhor alternativa, havia Eric Dier, jovem central inglês que tem quase lugar reservado na equipa titular do Sporting daqui a uns anos.
No meio-campo, um trio inteiramente formado na Academia de Alcochete: William Carvalho, que depois de dois anos na Bélgica, voltou para assegurar lugar cativo na equipa do Sporting e na Seleção Nacional A. Ao seu lado, joga Adrien Silva, que depois de também ter andado emprestado a uma equipa israelita e à Académica se tornou num baluarte do centro do campo do Sporting. O último elemento do trio é, habitualmente, André Martins, mais um produto da fornada de jovens leões da Academia. Antes de se afirmar no Sporting, também teve empréstimos ao Belenenses e ao Pinhalnovense. Como alternativas, dois rostos principais: Gérson Magrão, jogador mais defensivo que cumpre o seu papel sem grandes brilhantismos, e Carlos Mané, um repentista que pode vir a ser um grande jogador no futuro, também vindo da cantera sportinguista.
No ataque, dois pontas-de-lança profícuos na arte de marcar golos. Montero, na primeira volta, e Slimani, na segunda, foram dois dos rostos principais não só do Sporting, como de todo o campeonato. Dois avançados muito diferentes, mas ambos com grande faro para o golo. Nas alas, além da ajuda que Mané foi dando ao longo da época, há ainda Carrillo e Capel em bom plano. Dois jogadores que já vinham de épocas passadas, mas estão esta temporada em muito melhor plano. Wilson Eduardo e Heldon, num plano mais reduzido, também deram o seu contributo este ano. Como piores contratações, nomearia Vítor e Piris, dois jogadores que não deixam saudades caso abandonem Alvalade no final do ano.
Devo destacar ainda Leonardo Jardim, um treinador inteligente, metódico e, acima de tudo, muito realista. Foi esta a chave do sucesso do Sporting este ano. Mas o guardião da chave é, sem dúvida, Bruno de Carvalho.
Diogo Oliveira| Opinião
Em março de 2013, Bruno de Carvalho chegou ao poder em Alvalade e transformou a instituição em algo saudável novamente. Ganhou as eleições para a presidência do Sporting e mudou radicalmente a pocilga que herdou de Godinho Lopes. O trabalho deste no Sporting só foi apreciado por benfiquistas e portistas, o engenheiro quase arruinou de vez os leões.
Centrando-me no futebol, a parte mais visível do trabalho de Bruno de Carvalho, houve uma mudança "brutal", como refere o novo cântico mais conhecido das claques de Alvalade. No plantel, os guarda-redes são os mesmos. Marcelo Boeck e Rui Patrício, dois dos melhores guardiões do campeonato, principalmente o português, titularíssimo da equipa nacional comandada por Paulo Bento.
Na defesa, registo para uma assombrosa subida de forma de Marcos Rojo, a contratação de Maurício, um central vindo da segunda divisão brasileira mas que deu sempre boa conta do recado, assumindo mesmo o papel de patrão da defensiva da equipa treinada por Jardim. Para a esquerda veio Jefferson, lateral esquerdo que se tinha destacado no Estoril e que foi uma lufada de ar fresco, fazendo esquecer Joãozinho, o que também não era tarefa difícil. Na direita manteve-se Cédric Soares, lateral com um enorme potencial e que esteve emprestado há dois anos à Académica. Como melhor alternativa, havia Eric Dier, jovem central inglês que tem quase lugar reservado na equipa titular do Sporting daqui a uns anos.
No meio-campo, um trio inteiramente formado na Academia de Alcochete: William Carvalho, que depois de dois anos na Bélgica, voltou para assegurar lugar cativo na equipa do Sporting e na Seleção Nacional A. Ao seu lado, joga Adrien Silva, que depois de também ter andado emprestado a uma equipa israelita e à Académica se tornou num baluarte do centro do campo do Sporting. O último elemento do trio é, habitualmente, André Martins, mais um produto da fornada de jovens leões da Academia. Antes de se afirmar no Sporting, também teve empréstimos ao Belenenses e ao Pinhalnovense. Como alternativas, dois rostos principais: Gérson Magrão, jogador mais defensivo que cumpre o seu papel sem grandes brilhantismos, e Carlos Mané, um repentista que pode vir a ser um grande jogador no futuro, também vindo da cantera sportinguista.
No ataque, dois pontas-de-lança profícuos na arte de marcar golos. Montero, na primeira volta, e Slimani, na segunda, foram dois dos rostos principais não só do Sporting, como de todo o campeonato. Dois avançados muito diferentes, mas ambos com grande faro para o golo. Nas alas, além da ajuda que Mané foi dando ao longo da época, há ainda Carrillo e Capel em bom plano. Dois jogadores que já vinham de épocas passadas, mas estão esta temporada em muito melhor plano. Wilson Eduardo e Heldon, num plano mais reduzido, também deram o seu contributo este ano. Como piores contratações, nomearia Vítor e Piris, dois jogadores que não deixam saudades caso abandonem Alvalade no final do ano.
Devo destacar ainda Leonardo Jardim, um treinador inteligente, metódico e, acima de tudo, muito realista. Foi esta a chave do sucesso do Sporting este ano. Mas o guardião da chave é, sem dúvida, Bruno de Carvalho.
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