Crise agrava situação das Universidades

Diminuição acentuada no número de inscrições para a Universidade
Abigail Machado

Desde 2006, o número de candidatos à Universidade está em decréscimo. Este ano registaram-se menos 7743 candidaturas, com um total inferior a 47 mil, sendo que no ano anterior rondaram os 52 mil. Os estudantes indicam as dificuldades económicas das famílias e o progressivo aumento das propinas como os principais motivos para esta descida.

Os custos de frequentar a Universidade são realmente elevados e a atual conjectura nacional não permite a grande parte das famílias suportar tais custos. “As despesas são grandes e as ajudas são cada vez menores”, garante Nídia Clemente, mãe de uma aluna da Universidade do Algarve, confessando que “temos de fazer grandes esforços e os apoios de ação social são insuficientes”.

De acordo com os dados da Direção Geral de Educação, no ano letivo 2012/2013 foram atribuídas 58.485 bolsas, num total de 88.568 requerentes, um aumento de 4% face ao ano anterior. Este ano a instituição previa um aumento dos requerimentos à bolsa, o que levou a um crescimento de 2,8% no orçamento para os serviços de Ação Social.

Com a segunda maior diminuição da última década, a situação das Universidades pode ficar ainda pior, com um número cada vez maior de desistências no Ensino Superior. Em 2012, a Juventude Comunista Portuguesa afirmava numa nota divulgada que “as dificuldades cada vez maiores obrigam cerca de 100 estudantes por dia a desistir da sua formação”, situação esta que não mudou, podendo até mesmo ter sido agravada devido aos cortes do estado na área da Educação.

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